quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Eclipses: Quais as diferenças?

O fenômeno denominado eclipse ocorre quando um corpo celeste migra para a sombra de outro corpo. Os principais tipos de eclipses são os solares e os lunares.
O eclipse solar ocorre quando a Lua passa exatamente entre a Terra e o Sol e os três astros estão alinhados, bloqueando nossa visão do Sol.
                    
                      Representação feita por AtravesdoCeu.
 
            Civilizações antigas acreditavam que esses eclipses aconteciam quando um dragão comia o Sol. Apenas em 585 a.C., Tales de Mileto (considerado o primeiro filósofo ocidental que se tem notícia) conseguiu explicar como era o formado o eclipse solar. Segundo Heródoto, ele até mesmo conseguiu calcular com exatidão a data de um próximo eclipse, em 28 de maio do mesmo ano.


Tales de Mileto.

            Há três tipos de eclipses solares e eles ocorrem devido aos diferentes tamanhos que a sombra é projetada na terra. São eles:

            Parcial

Surge quando apenas uma parte do Sol fica escondida pela Lua. É o eclipse mais perigoso de se observar a olho nu, porque os raios ultravioletas podem ferir gravemente os olhos.


 
      Total

Ocorre quando a Lua bloqueia totalmente a luz do Sol. O astro não desaparece por completo, pois sua parte externa é visível, formando uma espécie de coroa. Esse eclipse só é visível numa pequena faixa do planeta devido ao tamanho da sombra projetada, possuindo cerca de 200 quilômetros de diâmetro. Esse eclipse ocorre a cada 300 anos num mesmo lugar da Terra.
Próximo no Brasil: dois de agosto de 2046

 
Anular
 
Ocorre quando a Lua está mais longe da Terra e sua sombra não cobre o Sol por completo. Uma parte do Sol se torna visível, chamada de anel solar.

Eclipse anular mais longo do milênio, com cerca de 11 minutos de duração, visto na Ásia e África em 15 de janeiro de 2010.


O eclipse lunar surge quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, formando uma sombra no nosso satélite natural. Ele ocorre em noites de Lua cheia, quando há um perfeito alinhamento.

Representação feita por AtravesdoCeu.
                
                Os babilônios e chineses já os descreviam há cerca de quatro mil anos. Eles acreditavam que seu destino era traçado pelos astros e seu eclipse era um sinal de azar. Imperadores chineses tinham equipes de astrônomos que observavam o céu e faziam anotações tentando prever os fenômenos. Não é necessário o uso de nenhum equipamento especial para a visualização do fenômeno.
                  Os eclipses lunares variam de acordo com a posição da Lua em relação à sombra da Terra. Sendo eles:
      Parcial
Nesse caso, apenas uma parte da lua passa pela região da sombra enquanto a outra fica na área da penumbra. É o eclipse lunar que ocorre em menor quantidade.

Eclipse parcial lunar - em 16 de agosto de 2008 na Cidade do Cabo - África do Sul.

Total
Acontece quando a Lua aparenta estar inteira na sombra da Terra. Ela não desaparece totalmente, pois uma parte da luz solar continua a iluminando indiretamente. São apenas 30 minutos de escuridão total.

Foto de eclipse lunar total em 2011 na cidade de São Francisco, Estados Unidos.

 Penumbral

Apenas os cientistas conseguem visualizá-lo com seus aparelhos especiais. Ele ocorre quando a Lua passa pela região penumbral.

Eclipse penumbral de 31 de janeiro de 1999.
Entretanto, os eclipses podem se referir a eventos além desse sistema, como por exemplo, um planeta entrando na sombra de uma de suas luas, ou uma lua entrando na sombra do planeta em que orbita, ou uma lua cruzando a sombra de outra lua. Planetas gigantes gasosos como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, por apresentaram grande número de luas, possuem eclipses frequentes.

Foto do telescópio Hubble - Júpiter e sua lua Io - podemos notar a formação do eclipse na superfície do planeta.

            Em Marte, por não possuir luas grandes o suficiente, há apenas eclipses solares parciais.Os eclipses lunares em marte são bem comuns, ocorrendo centenas deles por ano. Em Mercúrio e Vênus, eclipses são impossíveis por não possuirem luas.
Um sistema estelar binário também pode produzir eclipses se o plano de suas órbitas intersecta a posição do observador, permitindo ao mesmo observar uma estrela passando sob a outra.

Referências Bibliográficas (fotos e textos adaptados)

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26/01/2012 15h16
Poster revista Recreio e Mundo Estranho - Editora Abril

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